A palavra "átomo" tem origem no grego, significando "indivisível". Por que esse termo foi escolhido para descrever as partículas que formam a matéria? O átomo é realmente indivisível?

Biology · High School · Mon Jan 18 2021

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O termo "átomo" foi escolhido para descrever as partículas que formam a matéria baseado na filosofia antiga da Grécia. A palavra "átomo" vem do grego "atomos", que significa "indivisível". No século V a.C., os filósofos Leucipo e seu discípulo Demócrito propuseram que se pudéssemos continuar cortando a matéria em pedaços cada vez menores, eventualmente chegaríamos a uma partícula que não poderia ser cortada ou dividida, que eles chamaram de átomo. Segundo esses filósofos, os átomos eram as unidades fundamentais da matéria e todas as substâncias eram formadas por diferentes arranjos e combinações de átomos.

No entanto, com o desenvolvimento da física e da química modernas, descobriu-se que o átomo não é verdadeiramente indivisível. Os átomos, na verdade, são compostos por partículas subatômicas menores, como prótons, nêutrons e elétrons. Os prótons e nêutrons estão no núcleo do átomo, enquanto os elétrons giram em torno do núcleo em diferentes níveis de energia. Além disso, existem partículas ainda menores como quarks, que formam prótons e nêutrons, e leptons, categoria na qual os elétrons se encaixam. Portanto, o átomo é divisível em partículas ainda menores.

Extra: A evolução do entendimento sobre o átomo passou por várias fases ao longo da história. No final do século XIX e início do século XX, começaram a aparecer evidências científicas que mostravam que os átomos eram compostos por partículas ainda menores. Em 1897, J.J. Thomson descobriu o elétron, provando assim que os átomos eram divisíveis. Mais tarde, em 1911, Ernest Rutherford revelou a existência do núcleo atômico ao realizar suas experiências de espalhamento de partículas alfa. Niels Bohr desenvolveu ainda mais o modelo atômico, incorporando os níveis de energia dos elétrons.

Com essas descobertas, a visão do átomo como uma entidade indivisível foi substituída pela visão de um microcosmo complexo, com próprias regras e partículas constituintes. As forças fundamentais da natureza, como a força eletromagnética, a força nuclear forte e a força nuclear fraca, têm papéis cruciais na constituição e estabilidade dos átomos.

Além do mais, na física de partículas contemporânea, os átomos e suas partículas subatômicas são estudados em detalhes ainda maiores, usando aceleradores de partículas e detectores sofisticados, revelando uma profundidade ainda maior na estrutura da matéria. Isso nos ajuda a entender não só a matéria que compõe o mundo à nossa volta, mas também fenômenos do universo em grande escala, como estrelas, galáxias e os próprios princípios da criação e existência do universo.

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